O investidor anjo é hoje a maior fonte de capital para startups, seja em fase final de validação ou na etapa de crescimento. Usualmente, um investidor anjo tem sólidos conhecimentos em negócios, finanças, e/ou de um mercado específico.
No Brasil, o perfil do investidor anjo geralmente é de um ex-empreendedor que teve sucesso em sua startup e quer começar a apoiar o ecossistema, ou executivos de grandes empresas que buscam diversificar seu patrimônio e usar seu conhecimento para encontrar novas oportunidades de investimento.
Esses anjos investem em empresas inovadoras dentro de mercados em que têm expertise e que possam agregar outros recursos como conhecimento, experiência e rede de contatos em prol do sucesso da startup apoiada.
Basicamente, o investimento funciona com o investidor dando capital na startup em troca de equity, ou seja: ações da empresa.
O Anjo terá ações preferencias da startup, ou uma dívida conversível em papeis da empresa. Se o acordo for guiado pela segunda opção, significa que o investidor está na verdade emprestando dinheiro à startup, e pode converter o “pagamento” em ações da empresa em um espaço de tempo acordado entre as duas partes.
Para amplificar os seus esforços, Anjos normalmente investem em grupo. Existem diversas associações e rede de investidores que assessoram interessados nessa modalidade financeira, como a Anjos do Brasil, em São Paulo, e a Gávea Angels, no Rio de Janeiro, entre diversas outras.
Essas associações criam redes interessantes de contatos, buscam e apresentam startups para seus parceiros e assessoram na documentação do acordo, todos estes fatores muito importantes para esse tipo de investimentos. Se você ainda é novo nesse mercado, a recomendação é de se juntar a um grupo de anjos ou co-invista com outros investidores.
Já as aceleradoras existem no mundo há relativamente pouco tempo. No Brasil, este fenômeno é ainda mais recente. O objetivo de uma aceleradora, como o nome indica, é levar uma empresa do estágio que ela está a um bem mais avançado em muito pouco tempo.

As aceleradoras surgiram para ajudar os empreendedores a construírem e consolidarem suas startups, para que elas consigam, além de se manterem no mercado e lucrarem.
O espaço de tempo entre a criação de uma empresa e seu break even – quando elas conseguem pagar suas próprias contas – costuma ser muito grande, tempo esse que pode determinar o sucesso ou fracasso da empresa. Fora isso, é fundamental que uma startup crie parcerias e para isso, ela vai precisar de um vasto networking e conexões precisas.
Para fazer isso, são aplicadas metodologias de aceleração, além de contar com a ajuda de mentores altamente qualificados e parceiros que entregam seus produtos e serviços gratuitamente ou subsidiados aos acelerados.
As aceleradoras investem também, um capital pequeno, que chamamos de “dinheiro de sobrevivência”, que serve para ajudar os empreendedores a financiarem seus negócios e suas vidas pessoais durante a duração do programa. Em troca deste apoio, as empresas cedem um percentual de participação para as aceleradoras.
Resumindo uma aceleradora se torna sócia destes negócios promissores para ajudá-los a crescer no longo prazo. Só ganhamos dinheiro como negócio, quando a empresa que aceleramos se dá muito bem. É o que chamamos de um negócio “ganha-ganha”.
Mas quais são as aceleradoras do mundo que mais formam startups de sucesso? Onde essas empresas estão e o que têm de diferente?
ACE
Foi eleita três vezes consecutivas a melhor aceleradora da América Latina, pelo LatAm Founders, e é considerada a maior aceleradora do país.
O que esperar do programa?
A ACE tem um método próprio de aceleração, baseado no cumprimento de check-lists voltados à validação do negócio e, depois, ao crescimento. Também mantém contato direto com os principais investidores do Brasil, o que facilita às startups acessarem investimentos em rodadas futuras.
ARTEMISIA
A Artemisia é uma organização de fomento aos negócios sociais. Ela tem um programa de aceleração de empresas com duração de seis meses. Os empreendedores selecionados são desafiados a testar modelos de negócio – operacionais e de receita – e refinar o impacto social de sua solução em um ambiente de cocriação e colaboração com outros empreendedores, mentores, parceiros e investidores da rede Artemisia.
O que esperar do programa?
O empreendedor sairá preparado com metodologias que abordam: impacto, governança, gestão, cultura, RH, estratégia, comercial, produto, marketing e comunicação – além de apoio nas finanças, contabilidade e questões jurídicas.
Baita
A Baita é uma aceleradora de base tecnológica que trabalha com startups com tecnologias inovadoras em suas áreas de atuação.
O que esperar do programa?
Os programas da Baita focam em preparar o empreendedor para o crescimento rápido e sustentável. A equipe é multidisciplinar com experiência em TI/Telecom, saúde, hardware/ produto, gestão e outras áreas correlatas. Além do suporte individual dos fundadores e mentores, a Baita possui parcerias com os principais centros de pesquisas e universidades do país, como CPqD, Instituto de Pesquisas Eldorado, UNICAMP, UNIFEI, entre outros.